O aperto de mãos, por exemplo, é determinante para estabelecer sintonia entre as pessoas

Já dissemos aqui que a sabedoria popular ensina que a primeira impressão é a que fica. E para que o primeiro contato que estabelecemos com alguém possa trazer bons frutos, precisamos planejá-lo com cuidado. Um passo importante é lapidar a nossa linguagem corporal. A maneira como nos portamos em público, como nos vestimos, nossos gestos, olhares e sorrisos revelam muito sobre a nossa personalidade.
Uma boa linguagem corporal pode abrir portas inclusive no mundo dos negócios. O momento do aperto de mãos, a forma mais usual de cumprimentar as pessoas, é definitivo para a construção da impressão que os outros farão de nós. Ele pode ser marcante, selando o início de um relacionamento franco; indiferente, postergando a chance que teríamos de causar uma boa impressão; ou, pior, construir, por si só, uma imagem ruim, difícil de ser consertada.
O aperto de mãos é tão importante para causar uma boa impressão que a escritora Jô-Ellan Dimitrius, no livro “Começando com o Pé Direito”, destina oito páginas para descrever o que acontece nesse momento. O aperto de mãos simboliza amizade e paz, ‘mão aberta e desarmada’. Ele pode representar confiança, credibilidade, sinceridade e amabilidade – ou o contrário de tudo isso!
Quando alguém aperta muito forte a mão do interlocutor, pode passar uma imagem de querer dominar a situação, ser egoísta ou mesmo não confiável. Já os apertos de mão fracos e frouxos evocam a insegurança, o desinteresse e o retraimento. Os desajeitados, com movimentos bruscos ao segurar a mão do outro, passam a imagem de nervosismo, falta de habilidade social.
Na hora de cumprimentar alguém com um aperto de mãos, a palma de sua mão deve descansar contra a palma da mão do outro. O espaço entre o seu polegar e o seu indicador deve tocar suavemente o mesmo espaço da mão do outro. Seus dedos devem curvar-se suavemente contra a mão do seu interlocutor. O momento também favorece um breve contato visual, que transmite segurança, confiabilidade e simpatia.
O aperto de mãos é, portanto, uma oportunidade única de criarmos empatia com o outro, um vínculo emocional evocado a partir de um contato breve, porém íntimo o suficiente para ser marcante.
(artigo publicado no jornal Bem Paraná em 25 DE ABRIL DE 2016) |